Rafael Galvão

Um pouco de nada, e nada de muito importante.

sexta-feira, fevereiro 27, 2004

Redatores de arte

         Lendo um post do Fabio no Stereo Screaming, vi uma expressão perfeita: "redator de arte".
         Se entendi bem, quer dizer o seguinte: um diretor de arte que, por força das circunstâncias, acaba fazendo as vezes de redator. O contrário também se aplica aos pobres redatores, seres infelizes que à noite sonham com clientes monstruosos e suas canetas castradoras, que na falta de coisa melhor aprendem a se virar com o Illustrator, o Corel Draw! e o Photoshop.
         É comum em agências pequenas. É a pior coisa que pode acontecer. É a melhor, também.
         É a pior porque distrai, porque o sujeito acaba se dedicando 50% a cada área -- isso quando não dedica mais tempo àquela que não é a sua, como tentativa de surprir suas deficiências. O resultado raramente é o melhor possível. Fica sempre a impressão de que poderia ter sido melhor, de que nem o texto nem o layout ficaram satisfatórios. Além disso, acaba faltando aquela interação entre a dupla de criação (ah, não dá para resistir: dupla de criação, segundo o Dorinho, é composto de um homem que pensa e um diretor de arte...). Quando é uma dupla bem azeitada, o resultado é sempre maior que a combinação dos dois.
         Ao mesmo tempo, é a melhor porque força o sujeito a ser um criador melhor, mais completo.
         Resumindo, é bom ser um redator de arte. Mas só durante um tempinho.

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