Rafael Galvão

Um pouco de nada, e nada de muito importante.

quinta-feira, fevereiro 12, 2004

Eu falo, tu fales, ele fale, eles falem

Eu adoro verbos defectivos.

Esses verbos dizem muito sobre como vemos o mundo, como aceitamos ou distorcemos a realidade.

O verbo falir, por exemplo. No presente do indicativo ele só tem duas conjugações, na primeira e segunda pessoas do plural. Isso quer dizer nós podemos falir neste momento, e então o fracasso pode ser admitido por ter vários pais; mas eu, sozinho, não posso.

A falência deve ser plural, nunca singular. É como gostaríamos que fosse. Porque a verdade, infelizmente, é justamente o contrário.

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